segunda-feira, 24 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Obituário

36 RIP

2 RIP

1 RIP
É com pesar que comunico as baixas acima sofridas neste violento campo de batalha.
Serviram fielmente a missão para a qual tinham sido incumbidas

P.S. Está desaparecido em combate 1 copo de água

Sopa Alentejana ou Açorda Alentejana


 Não se pode desperdiçar nada e com excesso de pão em casa (Luanda) lá fui aventurar-me a fazer uma sopa alentejana ou açorda Alentejana ou sopa coentros ou sei lá, o que queiram.
A foto não favorece o prato aqui do J. Abaixo a receita para 1 pessoa

1 dente de alho

sal grosso
coentros ou poejos (ou uma mistura de ambos)
1 colher de sopa de azeite
1 ovo
Água ( 2 copos, aproximadamente)
Pão, devia ser Alentejano, foi Angolano
Ponha a água ao fogo com pouco sal e, assim que começar a ferver, junte-lhe o ovo (sem casca,claro)
com cuidado para ficar como o meu :). Deixe escalfar três a quatro minutos, mas sem ficar cozido.
Entretanto, num almofariz (teve que ser num copo de plástico), faça uma pasta com sal, o alho e os coentros.
Deite num prato de sopa , regue com o azeite e ponha duas ou três fatias de pão no fundo do
prato.
Ponha o ovo escalfado no centro do prato sobre o pão. Regue com a água onde cozeu o ovo,e já está.
Já me safei. A acompanhar, obviamente uma Cuca. Ou mais

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Indiferença

Viver miseravelmente mas respeitar a vida humana é diferente de viver miseravelmente e NÃO respeitar a vida humana.
Essa pequena diferença na palavra é a grande diferença neste País. Os assaltos acontecem em toda a parte, mas aqui são feitos sem qualquer remorso ou preparação, é ocasional é indiferente ao medo e é feito propositadamente aos "brancos", os "pulas" que aqui os vêm explorar.
Estes assaltos são feitos pela policia á descarada e traduz-se na perda de alguns dólares, ou por criminosos (inclui policias ou ex-policias) em que a perda poderá na maior parte dos casos passar por mais que isso.
Hoje soube que foi por segundos, das duas vezes que por lá passei, infelizmente para a vitima, golpes profundos com os respectivos pontos que irão marcar o momento para toda a vida.
Não é a insegurança, não é o perigo que me incomoda, é a indiferença desta gente, é a policia ser tão corrupta que não defende ninguém, antes pelo contrario.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cabo Ledo



PRAIA
Tempo de cacimbo, mas a intenção era descansar,mesmo.

Pequeno-Almoço
Nada como começar o dia com uma tosta de Lagosta e uma Cuca.
Almoço
Cataplana de Marisco, pena não estar bem apurada.

 O tempo não ajudou mas a viagem correu bem. A praia é espectacular e o ambiente calmo embora cheio de gente.
Luanda parece deslocar-se para estas bandas no fim de semana, portugueses e angolanos.
Não sendo importante (talvez seja) eis os custos de 1 dia de praia em Cabo Ledo:
Chapeu de sol com 2 cadeiras - 15 usd
Tosta Lagosta e Cuca - 18 usd
Almoço - 50 usd

Miradouro da Lua

A caminho de Cabo Ledo, este miradouro com uma vista incrível. O nome vem do facto da paisagem parecer lunar.

sábado, 15 de setembro de 2012

Estado de Alma

Saio de Lisboa depois de uma semana a levar com um puto mimado chamado Tristiano Ronaldo, que está triste pelos milhões que ganha e tem mais uns quantos milhões de burros que escrevem e discutem sobre isso mesmo. Sexta-Feira, um primeiro ministro igual a tantos outros que já tivemos, dá a machadada final na tristeza que ia num crescendo em milhões de Portugueses.
Merda de gente que somos por não nos revoltarmos, vamos para as redes sociais dizer mal, e as conversas com os amigos é sobre a tristeza de um inculto que ganha milhões ou de um qualquer que se divorciou da outra e está com aquela, que por sua vez deixou o outro que foi fotografado na festa tal com a não sei quantos...

Não gosto de despedidas, emociono-me. Muito. Gosto do perigo, do risco, mas na hora da verdade tenho coração de manteiga.

É este o espírito com que saio do meu País. Triste e com saudades de quem deixo para trás, de quem amo.

Olho para a quantidade de crianças que vão no voo, vão começar as aulas na Escola Portuguesa em Luanda e tento imaginar qual o seu sentimento, estarão tristes pelo País que deixam? Observo os pais e tento perceber o mesmo. Não me parece, até acho que sentem alivio.
Penso como era bom estar com a família toda, a caminho de um novo destino. Não necessariamente este, simplesmente um novo destino e sentir a alegria daquelas crianças e dos seus pais.
Estou cansado de olhar para trás e ver o que perdi, não o que eu perdi mas sim o que me roubaram em nome de um País melhor, de uma vida melhor. Não nasci no País certo.

Aterro e sinto o cheiro. Não sei explicar a atracção que este cheiro me provoca. Rostos conhecidos á espera e novamente metido no transito infernal, na insegurança que se entranha na cabeça e faz o corpo estar em alerta permanente.
Cheguei.
E esta tristeza não me sai, não me abandona.
E já sinto saudades, muitas.